sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A palavra vale sem o celular?


Terça feira à noite um amigo disse que hoje viria almoçar na minha casa. Providenciei almoço especial. Ao meio dia de hoje, liguei pra ele. Tinha se esquecido. Desconfiei que não viria porque não tinha me ligado pelo celular depois de terça feira. 

Há umas duas semanas, combinei com uma amiga que lhe emprestaria meu frequencímetro (aquele negócio de medir a frequencia cardíaca enquanto a gente malha). Quando fui ao seu encontro, levando o tal o frequencímetro, ela já tinha comprado o seu e não me avisou que não precisava mais. Essa foi a segunda vez. A primeira, pediu faca de presente de aniversário e quando, já na loja, liguei pra ela pra escolher qual a de sua preferencia, ai fá, já ganhei as facas e esqueci de avisar...

Bom, tirando a hipótese de que não sou importante pra meus amigos, tenho visto cada vez mais a palavra dita, antes de chegar ao ouvido de quem escuta, já sair da boca de quem fala com prazo de validade vencido. O que se fala são só palavras nada mais que palavras? Gente, sinto-me tão minoria nesse mundo em que o combinado só vale com o carimbo de uma ligação ou mensagem de celular pra confirmar o que foi dito pessoalmente...  Cadê a memória e a consideração pela palavra dada? Ou a consideração pelo outro que ainda acredita em nós?

Mas esses são só exemplos mais recentes... A palavra não vale? 

Quero começar um movimento: A palavra VALE (OURO!). Não vai dar? Avise pelo celular. Agora, combinou? Tá combinado!